O Brasil tem uma implementação desigual do 5G?

É certo que quando comparamos os grandes saltos tecnológicos de décadas atrás, atualmente temos avanços e inovações mais modestas na maior parte das vezes – sem grandes impactos midiáticos, como verdadeiras “revoluções”. O progresso acontece de formas sutis e é implementado aos poucos – e talvez os impactos sejam mais evidentes para aqueles que acompanham a indústria de perto.

Aos poucos, por exemplo, a conexão móvel de internet foi alcançando novos patamares de velocidade e conexão. Se antes o ápice era o 4G, agora a transferência de dados se apoia em uma nova opção: o 5G. Ainda assim, a pergunta que fica é: quantas pessoas hoje têm acesso à tecnologia 5G no Brasil?

Desigualdade de implementação do 5G no Brasil

Quantas pessoas possuem conexão 5G em seus dispositivos móveis? Além disso, quantas dessas pessoas que possuem acesso a esse tipo de tecnologia podem afirmar que estão localizadas em regiões mais interioranas?

O consumo e a velocidade necessários para acessar vários conteúdos como Mega Wheel ao vivo em casinos.com podem ser mais exigentes. E é quando percebemos que a cobertura 5G no Brasil é desigual.

Mesmo com a autorização da Anatel liberando a faixa 3,5 GHz no país, a opção ainda não é completa em todo o território nacional. A empolgação com a nova tecnologia, que promete velocidades mais rápidas de conexão, esbarra em vários problemas de desigualdade e infraestrutura – e não em uma limitação única e que necessariamente envolve o déficit de dispositivos.

celular

Quais são as limitações?

Os celulares e tablets mais modernos que temos acesso conseguem se conectar e trabalhar com as frequências mais recentes na maioria das vezes. No entanto, é preciso se atentar para o fato que é necessário que as operadoras forneçam esse tipo de sinal de forma ampla e total.

O primeiro limitante está relacionado com o tamanho do Brasil e quais pontos apresentam os melhores retornos financeiros para as marcas. Por exemplo, cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, por sua alta concentração populacional e indústria, foram os principais focos da instalação de novas antenas 5G.

Regiões do interior, por outro lado, seguem um processo muito mais lento quanto a isso. Isso faz com que a cobertura da conexão mais rápida seja, de fato, muito mais ágil em alguns pontos do que em outros.

Outro fato que evidencia issoé a própria desigualdade social e exclusão digital em si. Por exemplo, mesmo em São Paulo, em que o foco é maior, há regiões que não são devidamente contempladas e que ainda lutam por um simples sinal estável de 4G.

Mesmo que a tecnologia já esteja disponível em 1.500 cidades do Brasil e abranja 63,61% da população brasileira, isso não significa que todos esses municípios tenham cobertura total em cada ponto de sua extensão – nem que a intensidade do sinal será excelente em todos eles.

Como mencionado, fatores econômicos estão envolvidos. Sem incentivos e parcerias, as operadoras tendem a relegar ainda mais a instalação em várias localidades. Isso porque o 5G exige instalação de antenas de sinal puro. Logo, pode ser pouco interessante investir nessa tecnologia sem garantias de retorno para as marcas.

A quem interessa o 5G?

Em uma explicação bastante simples e direta, o 5G interessa a todos. Uma conexão estável e mais rápida é de interesse do país de modo geral.

Isso significa otimização de serviços, pagamentos, consumo de conteúdos. Transações podem ser muito mais rápidas e o impulso capaz de se dar no mercado pode ser realmente impressionante.

Como mencionado, porém, a implementação dessas novas antenas, de modo que contemplem o território nacional em 100% — bem como sinal forte e estável em todas as regiões de cobertura — é um processo instável.

sinal 5g

Por isso, sem garantias de retornos financeiros em diversas áreas, a cobertura ainda é muito pequena em alguns pontos. O ideal seria conseguir o apoio de outras marcas — não necessariamente do ramo da telefonia — para parcerias que trouxessem incentivos para a ampliação de tal cobertura.

Diversas marcas poderiam se beneficiar com conexões móveis mais rápidas, principalmente quando não se pode contar com conexões WiFi, seja por indisponibilidade, ou pelo simples fato de otimizar o tempo e não precisar inserir senhas e outras medidas de segurança.

Claro, também como já mencionado, esse avanço esbarra no problema da exclusão digital. Isso porque uma nova tecnologia precisa ser implementada quando a anterior não está acessível para milhões de brasileiros ainda. Por isso, o processo precisa ser analisado com cuidado e novas medidas precisam ser tomadas para que a nova tecnologia chegue não apenas em sua totalidade, mas também com maior acessibilidade.

A própria Anatel — o órgão nacional responsável por regular as empresas de telefonia e conexão do país — tinha como meta uma cobertura de 57,67% da tecnologia 5G até 2027. Obviamente, esse número já foi ultrapassado em 2025, com 63,61%. Porém, a distribuição é bastante desigual e apenas 11% do país realmente tem acesso à tecnologia.

Para se ter uma ideia, 71,3% das áreas cobertas hoje pela tecnologia 5G ficam no Sul e Sudeste. Isso significa um crescimento polarizado. Em vez de antenas mais espaçadas, mesmo com sinais mais fracos no começo, contamos com uma concentração gigante de sinal em uma única região e grandes buracos em outras.

Avalie este Conteúdo!